sábado, 13 de agosto de 2011

Menções odíricas ao Som da Alma

É extasiante ouvir música boa. Algumas delas reportam-nos à tempos, energias, à situações vividas ou então àquelas sensações de lembrança do que não recordamos.
A história, por exemplo, trás o contexto social. Estudando, nós entramos parcialmente na atmosfera das situações. Como as pessoas viviam e o que viviam. Mas, com a música, nós incorporamos não somente a atmosfera, mas, o cotidiano do que às vezes nós nem experimentamos.
Captamos o sentimento mais nobre ou mais vil, de uma inspiração momentânea daquele passado, como a que teve Vivaldi em suas Quatro Estações, e então nos encaixamos em uma das óticas sentimentais daquilo. Um estudo concebe uma lógica, mas não repassa emoção como a música quando nos eleva à meditação. E isso é muito importante, pois prepara terreno para entender como as coisas realmente são. Assim, pesquisando alguma coisa, já se sabe o sentimento do que se procura.
História é o relato descritivo, um pouco distante. A música é a expressão gritante. Desabafo e poesia. Ela é a subjetividade dos seres humanos e a forma divina de expressar, condições terrenas ora boas, ora ruins.
Ativada a sensibilidade, fecham-se os olhos e entende-se tudo melhor ao ouvir a música que se gosta. Acho, na minha modesta opinião, que a euforia da música de qualidade é o estado de espírito constante do céu mais alto que há. Na clareza deste céu, a obra musical é a trilha sonora da vida na morte. Se por lá, a luz se faz presente irradiando muito mais do que aqui e se a música é uma forma de conexão com Deus, acredito em tal possibilidade. Acredito que o bem se faça tão presente, que o coração vibra lá a todo instante como vibra nos curtos minutos que ouvimos música aqui no mundo.
Quantas vantagens e benefícios podem-se atribuir ao som da alma. Serão todos eles enumeráveis? Além de tudo isso, e por causa também, a música é o ponto cardeal da dignidade e força de atitude. Sabes ouvir música e podes usá-la nas horas difíceis da vida. Uma letra que diga verdades com beleza e poder nos reestrutura, revitaliza, constrói. A soma de melodia mais letra é armadura, elmo e espada para enfrentar o que nos tenta acometer. As religiões sabem disso e usam cânticos para efetivar o objetivo dos crentes.
Música também esfolia a alma. Isso quer dizer que ela pode amaciar nossos calos, trazer à tona o que se recolheu no âmago do nosso ser. Muitas coisas estão nas nossas profundezas, recolhidas e discretas: nossa criança, nosso brilho e fé, alegria. Espontaneidade costuma se esconder igualmente por lá. A música é ótima agente contra as couraças; ela nos ajuda a florescer e achar o que se perdeu dentro da mente e coração. A música é um banho.
Enfim, já banhados e florescidos, de espada e lira em punhos, brilhantes e emplacáveis podemos melhorar nossa existência. Ganharemos uma capacidade muito maior de conexão com o superior, nos elevaremos e então muitas respostas virão. Respostas objetivas que nos esclarecem a razão, e respostas de intuição que somente acalmam e dão satisfação. Talvez seja essa a explicação para a música. Ela deve existir para isso: conectar-nos ao elo perdido. Dentro de nossa irracionalidade a inventamos sem saber por que de inventar, apenas inventamos por vontade e por notar que faz bem. E, racionalmente, agora podemos entender o porquê de termos feito isso. Entender o porquê de termos achado o som da alma e então teremos alcançado outro patamar de inteligência.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Uma terra de dualidades - Espertos muito trouxas

 O Brasil é um país de futuro, infelizmente. Infelizmente porque os brasileiros, por não quererem enfrentar os problemas na nação, adiam todo o progresso que só pode existir com ação. Ação essa que é assumir os defeitos do povo e passar por cima no comodismo. Ela não é almejar o topo sem firmes raízes e sólidos troncos, como fazemos com a árvore da nossa sociedade.

Uma das comprovações da nossa ineficiência e "auto-enganação" é a enquete realizada pela revista "Época". Foi feita uma pesquisa (veja abaixo do texto) que perguntava para as pessoas os principais defeitos e qualidades do cidadão brasileiro e logo depois, se o povo brasileiro está preparado para a modernidade. Previsivelmente, o que se pode constatar é a explícita supervalorização da gente pela gente que causa, por vezes, uma contradição de fatos.

50% das pessoas nos acham espertos; 76%, competentes e 73%, justos. Esses números tornam-se suspeitos quando vemos nos jornais e no dia-a-dia, a verdadeira realidade. Não ligamos para a negligência de certos políticos que aplaudem em homenagem, a certo poderoso afastado da política por falcatruas, não reivindicamos direitos quando vemos a desorganização dos serviços públicos, entre outros absurdos, e ainda assim, somos espertos, competentes e justos, segundo nós mesmos. 

É justamente por causa dessas afirmações que eu me junto à minoria que nos considera trouxas, incompetentes e injustos. O brasileiro tem uma natureza ingênua para não dizer néscia e cega. Tudo o que há de errado, zomba da atual situação sob nossos narizes. E como se isso não fosse suficiente, nós olhamos para o alto, abrimos um largo sorriso e dizemos: "Está tudo bem, somos um povo sem igual".
Realmente. Tenho que concordar. Mais nenhuma nação tem essa peculiar capacidade de se flagelar saltitando de alegria. Pelo menos, uma das boas características atribuídas a nós, é verdadeira: somos alegres. Porém, alegria não é sinônimo de felicidade. Nossa vivacidade e contentação retratam o desdém com nós mesmos, já que, um país que os hospitais muito mal têm gaze e esparadrapo, não pode ser feliz.

Mas, somos do futuro, não é mesmo? Vamos fingir que estamos preparados para a modernidade com a nossa grande esperteza, competência, justiça e desenvolvimento de primeiro mundo, até porque, apesar das nossas nobres qualidades apontadas pela pesquisa, os mesmos entrevistados (a maioria deles) não acha que o Brasil está preparado para a modernidade. Deve ser porque lá no fundo, eles sabem da realidade medíocre do país.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Em breve*

A mulher para Maomé

"A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada."
Maomé


 O Islamismo tem lá seus radicalismos mas, seus defeitos são cultivados pelos seguidores e não pela religião em sí. A intolerância contra as mulheres foi criada por maus seguidores. Coisas assim acontecem com o Catolicismo, o Protestantismo, a Umbanda, o Candomblé, o Hinduísmo e com todas as outras que existem. A religião não é divina, ela é humana e é tão falha como qualquer um de nós.

 Essa frase derrete o meu coração. É a mais pura verdade, cala qualquer argumento machista ou femista. Falarei mais sobre sexismo em outra postagem em breve.



* A foto não é oriental. Mesmo assim tá valendo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Alfredo Rodriquez

Bem, esta é a primeira postagem sobre arte do "Flor de primavera". E para começar com o pé direito, falarei de um dos meus pintores favoritos, que mesmo eu não entendendo de pintura, ouso dizer que é o autor de algumas das mais maravilhosas obras que existem.

Alfredo Rodriguez nasceu em Tepic, no México em 1954 e mora hoje em dia na Califórnia, E.U.A. Quando tinha seis anos, sua mãe lhe deu um conjunto de aquarelas. Mal sabia que acabara de estimular um dois mais talentosos artistas. Alfredo começou a carreira profissional em 1968 com apenas 14 anos de idade e hoje participa da associação americana de pintores de "Velho oeste". Dentre a maioria de suas pinturas, predominam as obras de paisagem do Oeste americano, cowboys e índios -que são emocionantemente bonitas-.

Embora eu seja bem nacionalista, eu adoro os índios norte americanos, sou fascinada. Também adoro estudar sobre Conquista do velho oeste americano e afins. Gosto de filmes como a "Trilogia do dolar" e por aí vai. Por isso, fica fácil imaginar como eu sou fã do Alfredo Rodriguez. Conheci os trabalhos dele atravéz do You tube (hahaha, é) enquanto ouvia música do Ennio Morricone vendo pinturas "Western" de um vídeo mediano que achei. Valeu a pena, fiquei encantada com o que eu vi.

Apreciem algumas preciosidades de Alfredo Rodriguez:





 As próximas são algumas das minhas preferidas:

 A do homem com a carta eu chamei de "Nostalgia". Que folga a minha.

A beleza dos olhos castanhos

Os olhos são a janela da alma, já dizia a máxima. Cada pessoa expressa sua singularidade por eles. É incrível perceber alegria, cansaço, malícia dando a sensível atenção às pupilas de cada um. O olhar revela a identidade do ser como uma impressão digital e talvez, de uma forma muito mais forte. Saber enxergar esses detalhes e saber expressá-los é uma arte. Podemos dizer coisas sem pronunciar uma palavra. A raiva, a meiguice e as marcas da vida estão impressas nos olhos para quem quiser perceber.

 É exatamente essa a beleza dos olhos: a carga que cada um trás, os trejeitos, o sentimento que paira ao redor das "janelas" de cada um. O magnetismo que possuímos não depende, necessariamente, da cor dos olhos. Infelizmente manipulados pela "mídia", qualquer tipo de influente ou até mesmo de uma opinião própria e genuína a maioria quase unânime das pessoas preferem os azuis ou verdes, ou seja lá o que for.

Olhos claros não são mais bonitos, também não são menos. O que define um olho bonito é uma síntese estética e psicológica de características: tamanho dos glóbulos, das pupilas, a cincunferência mais escura da íris ou a ausência dela e o mais importante que é a voz do olhar, que é o que cada um "diz' para os outros com olhares.

Um dos critérios usados para taxar alguém como bonito ou feio é o olho, se é claro ou não. Se é um olho clarinho, ponto para você. Se não é,  seus olhos seriam mais bonitos se fossem claros, logo, você também. Essa é uma análise automática para um monte de gente.
Por uma questão de orgulho e razão, não vejo nada de pior em olhos castanhos, pelo contrário, lindos olhos são aqueles negros jabuticaba, que é impossível diferenciar íris de pupila. Os olhos escuros são mais quentes, profundos, lembram as especiarias. Pena que muitos pessoas não enxergam isso e matam a beleza dos próprios olhos, porque não acreditam nela.

Não consigo enumerar a quantidade de jabuticabas e amêndoas que considero mais bonitas que várias esmeraldas ou turquesas por aí. Separei algumas fotos de exemplares magníficos do que eu estou falando:


 Crianças com olhos desconcertantes na Índia. Que aliás, é um país de lindos olhos.
 O peso de um olhar oriental:

E por fim, Letícia Sabatella uma das atrizes com os olhos mais lindos e... CASTANHOS!